O QUE É MAIS IMPORTANTE, A CONSCIÊNCIA OU O ESPELHO?...-Reflexão

        
          
A que se dá mais importância? A que se ouve mais? Qual a voz que não se deixa de atender; a voz da consciência ou a voz do espelho?... Sim, porque os dois se comunicam conosco; eles falam quando nos mostram como realmente somos, estamos e ambos são inquestionavelmente verazes; eles mostram-nos a nós mesmos como e o que, estamos, somos exatamente; se bonitos ou feios, se gordos ou magros, se falsos ou verdadeiros, se honestos ou corrompidos!...

Como quer que estejamos exteriormente, o espelho nos mostra; ele é de uma sinceridade que talvez nenhum ser humano possua ou seja capaz de demonstrar!

Já a consciência, essa vai mais além, muito mais além; ela mostra-nos a nós mesmos como estamos e o que somos de fato; somente Aquele que nos criou, sabe mais sobre nós do que ela e em todo tempo, o tempo todo ela se comunica conosco; inúmeras vezes mais dos que o espelho, pois não temos um sempre à nossa frente, mas a consciência, essa não se aparta de nós, podemos até ignorá-la, porém temo-la conosco até os últimos instantes de nossas vidas!

Contudo, não é à consciência que damos mais ouvidos e sim ao espelho; ele reflete de maneira exata, o que lhe é apresentado ou como aquela pessoa que se coloca diante dele está e se o que a pessoa vê não lhe agrada, ela trata logo de melhorar... se ajeita daqui, dali; muda o penteado, troca de roupa, de sapatos... é assim com todos nós, ninguém que se olha no espelho e não gosta do que vê diz: ah! Está ótimo, vou assim mesmo! Se não lhe resta tempo necessário, a pessoa até pode sair não se aprovando muito, no que diz respeito ao seu visual, mas ela vai contrariada!...

Todavia, em se tratando da consciência; já não é bem assim! Quantas vezes ela incomoda, fala, grita, a cerca de um erro, de algo que não está de acordo... de uma atitude que precisamos mudar ou melhorar? Quantas vezes ela nos mostra que estamos errados ou que algo em nós está errado? O tempo todo ela nos adverte sobre uma falha ou outra; sobre a nossa maneira de ser, de agir!

Ela nos adverte e nos instrui, porém nem sempre acatamo-la, pelo contrário, às vezes o que fazemos é manipulá-la, tapar os ouvidos à verdade que ecoa dela. E isso é totalmente o contrário do que fazemos no que diz respeito ao espelho; enquanto não ouvimos a voz da consciência ou demoramos ouvi-la; enquanto temos dificuldades em atendê-la; nos apressamos a atender o espelho, a consertar o que ele nos mostra e que não parece bem aos nossos olhos ou aos olhos dos outros!

Diferente do que fazemos em relação à consciência, temos pressa em mudar, em melhorar o que está aparente; nos importamos mais com o que está de fora do que com o que está dentro; se não estamos nos sentindo muito bem exteriormente, ficamos acanhados, constrangidos, nos sentimos deslocados muitas vezes, mesmo que estejamos muito piores interiormente; contudo, nos incomoda mais o que nos mostra o espelho do que o que nós acusa a consciência; talvez porque o que vemos em nós através do espelho, também veem os outros; está à mostra aos olhos de todos e o que mostra a consciência somente o dono dela conhece, ou seja, o que ninguém vê, o que ninguém sabe; pode ser deixado para depois; pode deixar como está; pois ninguém vê, ninguém sabe!

E se os outros sabem, veem, percebem; pode ser cômodo para a própria pessoa ou para nós, fazermos de conta que os outros na verdade não sabem, não veem!

 

 

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