SEPARADOS NÃO POR ACASO... - Conto
Os desencontros... a distância... o tempo... a saudade!... São meus e teus rivais Flormarinha; pensava alto, Ryener, falando para si mesmo sobre o desgosto de viver longe, de viver sem o seu grande amor. Como se estivesse frente a frente com sua amada, a que carinhosamente apelidou de Flormarinha, a junção de Flor Maria, seu nome, com minha; para não ter que dizer ao se referir a ela: Flor Maria minha, então amavelmente a chamava de Flormarinha. Ambos, há muito dolorosamente, não por acaso se encontravam separados; impossibilitados de viver seu imenso amor e de se verem, adotaram o meio de comunicação já não mais usual, as correspondências ou cartas. Mas não como aquelas antigas cartas de amor; criaram para si uma maneira bem peculiar, para se corresponderem: cartas com apenas seus respectivos endereços e com conteúdos puramente poéticos; as respostas dadas um a outro, são sempre em forma de poesia, o que à distância melhor retrata...