ÀS SOMBRAS DA NOITE... - Poema
Pode a escuridão da noite,
Esconder corpos e rostos;
Porém, não escondia
A vivacidade e alegria
Daquela menina!
Tão feminina...
Segura e forte...
Se parecia fantasiada de mulher!...
Demostrava-se pronta
Para tudo que viesse.
Se é que há alguém pronto
para tudo o que vier!...
Sua força parecia sua fé...
Sua fé parecia sua força!...
Sua determinação...
Sua sorte!
Mas se há sorte...
Também há azar;
Ambos andam juntos...
Quem se acha agraciado por uma...
Encontra-se suscetível ao outro!...
E a menina...
Veio a ser mulher;
Contudo, na mulher de hoje,
Parece não reconhecer,
A menina de antes;
Não se trata
De traços...
É irrelevente
A fisionomia
E sim do que se queria...
Do que se esperava da vida!...
A força que perecia sua fé
E a fé que perecia sua força,
Não falharam;
Se atrapalharam...
Talvez,
Ou foram atrapalhadas.
Tanto o ânimo quanto a fé,
Só produzem bons resultados,
Se forem bem usados,
Se quem os possui,
Souber usá-los.
Quanto à determinação,
Anunciação
De sua sorte;
Não sabia que azar e sorte,
São companheiros, cúmplices.
E a menina hoje mulher,
Que bem sabia
E ainda acha que sabe o que quer;
Viu minar sua vivacidade,
De sua alegria,
O que se dizia,
Já não se diz mais...
O que para ela,
Hoje tanto faz!
Pois a ela importa,
O que sabe de si própria;
Mesmo que para os outros...
Seja como algo oculto,
Às sombras...
E não só da noite!...
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