DÉJÀ-VU... - Crônica Poética
Carina, uma moça com jeito de menina...
deparou-se com um belo moço, ao virar uma esquina.
Muito espontânea, olhando para ele, exclamou:
acho que o conheço!
Ele replicou:
acho que não.
Mas Carina, a moça com jeito de menina, reafirmou:
Eu lhe conheço de algum lugar,
pode acreditar!
O belo moço,
com um pouco de esforço,
se mostrou simpático
e enfático,
disse: déjà-vu...
como se dissesse olá!!! Ela respondeu: déjà-vu!!!
Me cumprimentou em francês?!
Ele, meio rígido...
tentando segurar o riso,
disse: não, não!
Eu disse que isto é déjà-vu.
E a moça com jeito de menina...
Coitadinha...
toda sem noção,
com uma reação
como quem havia feito uma grande descoberta,
se sentindo esperta,
exclamou! Ah! Aquela banda de forró?!
Ele respondeu que não e embora sentisse dó...
aproveitando o desconhecimento da jovem...
como se dela se despedisse,
disse: déjà-vu!
ela toda sorridente,
pobre inocente!
Respondeu: déjà-vu!
Acreditando mais uma vez
que déjà-vu, era um cumprimento francês.
Déjà-vu, que em francês significa "já visto", é aquela sensação de que já conhece um lugar, onde nunca esteve anteriormente; de já ter vivido uma situação, que acabou de acontecer, pela primeira vez; ou de já conhecer uma pessoa jamais vista antes.
Na verdade, é o cérebro que falha ao tentar interpretar o acontecimento e resgatar memórias para sua melhor compreensão. É uma dessincronia da mente.
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