A POESIA... - Pensamento (reflexão)
Na poesia, talvez não só na poesia, é normal parecer que o escritor não conseguiu se expressar com clareza, é normal a ideia, ou o texto parecer confuso, a verdade é que alguns textos não apenas parecem, porém, são realmente muito confusos, difíceis de se entender, de explicar, de assimilar o que o escritor quis passar, exprimir.
Mas, para o escritor, aos seus olhos, ao seu próprio entendimento, tudo o que ele escreve é obviamente tão claro, tão compreensível; ele sabe explicar com toda a facilidade, clareza e lógica todo o conteúdo de cada uma das obras que escreveu; podem ser dezenas e dezenas, centenas, que ele sabe explicar, trazer às claras toda a idéia embutida em cada um de seus textos, de suas obras, consegue explicar cada linha, cada palavra, o que quer dizer, o ele que quer dizer através delas, até o porque de uma vírgula, estar ali naquele exato ponto da frase.
O que às vezes para quem lê é um enigma, para quem escreveu é claro e transparente! Quem escreve, sabe bem o que está dizendo, sobre o que está falando, o que quer expressar!
Quem lê, entende ou interpreta como quer, como quiser, ou, como consegue interpretar; como prefere entender.
Talvez seja esse o ponto máximo, o grande barato da escrita, do ato de escrever e também de ler. Escrever e lançar, ou, é lançar ideias e mesmo o autor sabendo a verdadeira moral da história que escreveu e às vezes desejando que quem lê, tenha a mesma interpretação de quem a escreveu, ou a real interpretação, consiga captar exatamente o que o autor quis passar; o seu senso diplomático e democrático obviamente permite que cada um lê e que cada um que lê, entenda, interprete como quer, como consegue; até porque quem escreve, evidentemente não escreve só, ou exatamente para si, mesmo quando escreve sobre si, mas sim, para todos, para ele e os outros.
A poesia, particularmente, embora às vezes não pareça, é, ou pode ser, o tipo ou estilo de texto mais confuso que há; porém, me agrada dizer que a poesia é o tipo de texto mais livre que existe, mais permissivo, permite não só ao leitor entender, interpretar como quer, ou consegue; porém, claro, permite ao autor ser inteligentemente "confuso", ela permite a si mesma, confundir... ou seja, é um tipo de escrita que permite que se fique confuso ao lê-la.
A poesia é livre, é solta; é como algo que voa, é, algo que voa; é como o próprio vento e assim como o vento trás, carrega, ou leva o que quer, a quem quer, para onde quer; ela expressa, traduz e açula o que quer, a quem quer, ou, a quem a lê; transporta quem lê, para onde se quer ir, são asas à disposição de quem quer voar!
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