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VÁCUO... - Poema

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Dentro de um coração... Às vezes tem um gelo!... Não; um gelo não! Uma geleira... Inteira! E não é um gelo de... Ou, por indiferença!... Dentro de um coração, de um ser... Às vezes tem um vazio... Feito um rio... De leito seco... Como se não tivesse jeito, De por ele, água voltar A jorrar... Peixe voltar a nadar, De por ele voltar a navegar, De algum ser,  Nele voltar a viver! Dentro de um coração... De um ser... No viver; Parece haver... Um pouco de quase tudo!... E é tão absurdo!... Há um vulcão... Sem erupção!... Um furacão sem ventos!... Um tornado, Inerte, parado!... Um fogo sem chamas!... Um braseiro sem brasas!... Um grito que não brada!... Um mar sem ondas!... Um vento que não assopra!... Uma chuva que não cai!... Uma cachoeira sem queda d'água!... Uma estrela que não brilha!... Uma lua que não alumia!... Um sol que não aquece!... Um esquecimento que não se esquece!... Um brilho que não reluz!... Um farol que não emite luz!... Lágrimas que não escorrem!... Um riso... Indeci...

PALAVRAS... - Crônica Filosófica

Faltam palavras... Sobram necessidade delas!... Palavras para expressar o que se quer, Palavras que se quer ouvir! Palavras que expliquem... Que justifiquem, muito, do que tanto incomoda!... Faltam palavras que sirvam de sonsolo, Que façam sentir com se estivesse... Mesmo não estando, no colo!... Faltam palavras... Palavras que na verdade como se tivessem vida própria... Gritam lá de dentro... no fundo!... Porém, não têm som... Pois, de lá não saem, não conseguem sair; Não se consegue exprimi-las. Palavras, palavras, palavras... Que são como um grito mudo... Talvez porque dependam do ecoar do íntimo De um ser que se impõe ser surdo!... Que se impõe não se ouvir... Não se fazer ouvido. Para poupar... Ou, para se poupar! Até quando?! Faltam palavras... Talvez pelo fato de se faltar coragem, Para cumprir ou seguir o que elas designam. Faltam mesmo palavras?! Ou, falta mesmo, é coragem?!... Pois, depois de ditas,  Elas realmente ganham vida! Quando se libera as palavras... Dá-se à luz ...

NO ASSOPRAR DOS VENTOS... - Poema

Num sopro... Em determinados tempos... Nos temos!... Nós temos!... Os acontecimentos... As coisas e pessoas, sim, nos vêm... Como que trazidos com o assoprar dos ventos. Algumas ocorrências, coisas e pessoas... Chegam como que arrastadas por eles... Por quão penoso foi... O processo para conquistá-las! Outras... Às vezes não poucas... Nos chegam... Como uma pluma ou pena, Trazida pelo vento! Como um presente... De Deus, através da vida, ou de pessoas...  Ou, de outras pessoas E não é à toa... Não é por acaso E sim porque Deus fez caso... Fez conta!... Não levou em conta, A nossa falta de mérito, Excessão única, em que não é demérito, Recebemos sem merecer. Contudo... todavia...  Os ventos que assopram e trazem... São os mesmos que assopram e levam!... Se não é o acaso?! Deus traz e Deus leva?! " Deus dá; Deus tira". ( E.S.) E os ventos que trazem plumas e penas... Também podem trazer paus e pedras!... Nem tudo o que trazem é bom... O bom... É que: " Deus dá; Deus tira ...

PROBLEMAS E DILEMAS - Poema

Os problemas... Os dilemas... Eles existem... Como se fossem vidas, Paralelas à mimha. E quem dera fosse uma desventura pertecente só a mim... O que não me serve de consolo!... Os problemas...  Os dilemas... Existem!... E eu, sobrevivo!... Parece...  é... uma inversão... Pois, eles existem  E eu sobrevivo!... Eles existem E eu resisto!... Não há uma receita para isto; Nenhuma mágica ou dica... Apenas sigo... Resistindo; Ciente de que eles não vão desaparecer... Enquanto me afogo em um pote de iogurte Com pedaços de coco, meu preferido. Eles vão continuar existindo E eu, resistindo,  Ou tentando E eles me sufocando. Não ouso dizer que vença o mais forte!  Pois, não raramente, O mais forte, não sou eu!...

Você é... - Poema

Você é... A minha música!... O meu poema!... É também o meu dilema!... É a luz no meu fim de túnel!... O solo do meu abismo!... O horizonte que ainda avisto!... O meu motivo de riso... Quando mesmo em meio às lágrimas, No meu rosto surgem sorrisos. Você é um sonho!... O meu sonho! A alegria sem causa. Dos meus dias corridos, a pausa!... É o meu sol em dias nublados!... É por si só, um agrado!... A felicidade,  Que contradiz a minha realidade!... É tudo e mais um pouco!... É também o sufoco... Que por medo de perdê-lo... Desfale-me aos poucos... Que me impede a respiração, Aflige-me o coração! Você é!... A personificação do amor!... De um grande amor! Você é... O meu amor!!!...

PONTOS DE NÃO RETORNO... - Reflexão

Ponto de não retorno no que se refere à natureza, quer dizer que algo, que uma situação não pode mais ser revertida. Esse termo muito usado para se referir aos estragos causados pela ação do homem ao meio ambiente, pode nos servir também para os acontecimentos da vida. Para definir de maneira clara e simples, esse termo na realidade significa um fim sem nenhuma possibilidade de recomeço; findar... acabar... total impossibilidade de voltar a existir!... Em se tratando da vida, do que inevitavelmente enfrentamos no decorrer dela, os pontos de não retorno são tão, ou mais terríveis que os que acontecem à natureza; esses pontos de não retorno no meio ambiente, é uma geleira que se desprende, que se desfaz; uma terrível degradação do solo, que não mais pode se recompôr; a extinção de uma espécie animal ou vegetal; exemplos temos aos montes por aí!... Na vida, esses pontos de não retorno, não apenas podem ser, na realidade são (pois se trata dos inevitáveis de nossa existência): a morte de u...

VOCÊ... - Poema

Se for para amar... Que seja você! Se for para ressentir... Que não seja com você! Se for para me jogar... Que seja em seus braços! Se for para me alegrar... Que seja com você! Se for para chorar... Que seja em seu colo! Se for para ter consolo... O que me serve é o seu! Se for para ficar ao relento... Que eu possa lhe contemplar sob a luz da lua. Se for para brigar... Que seja por você! Se suscitar uma gerra... Gerrearei em seu favor. Se eu me render... Será para lhe favorecer! Se eu vier a ceder, Ou a me exceder, O farei por você. Se os meus dias se alongarem... A vida só terá valido a pena, Se vivida ao seu lado. E... Quando tivermos que nos dar adeus... Que os últimos não sejam os meus!...

SINTO CIÚMES... - Poema

Sinto ciúmes... Da roupa que cobre o seu corpo, Da brisa que toca o seu rosto, Do cordão que envolve o seu pescoço! Sinto ciúmes... Da caixinha que guarda os seus segredos, Do anel que você traz no dedo, Até do que lhe causa algum medo!... Sinto ciúmes... Do agasalho que lhe aquece do frio, Do que lhe causa arrepio, Das águas que contempla no leito de um rio! Sinto ciúmes... Das unhas que cossam a sua pele; Do lenço que absorve o suor que você expele. Até do vento ou travesseiro, que lhe descabele! Sinto ciúmes... Da piada que lhe faz rir, Da cama que usa pra dormir, Do canto que gosta de ouvir, Do que quer que seja que faça seu olhar reluzir! Sinto ciúmes... Do que lhe toca o coração; Da música que você diz ser a sua canção, De quem, ou do que atrai a sua atenção! Sinto ciúmes... Da lâmina que raspa a sua barba, Das mãos que cortam os seus cabelos; De qualquer corpo que o seu abraço afaga, De tudo o que lhe desperte zelo!... Sinto ciúmes!...

VIDAS CORRIDAS... - Poema

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Vidas, Corridas... Quase sempre sofridas!... Transcorridas As vidas... Feito correntezas; Dando-nos vez ou outra, Boas surpresas!   Vidas, Corridas... Levadas Por águas Impetuosas!... Como que a galhos secos,  Levam-nos E a lugar nenhum. Ou a destinos não desejados! Somos levados... Como as águas a gravetos Em trajetorias e trajetos, Nem sempre dados por certos. Vidas... Vidas... Corridas, Nas quais o que mais temos de concreto, É o quanto o amanhã, é sempre incerto!...  

DE REPENTE... Poema

De repente... O que sobram, São apenas os sonhos, Não realizados! Projetos que não foi além... De idealizados. Ideiais para trás deixados. Aguardos frustrados!... De repente... Ao invés de muitos sonhos, Procura-se um sonho, Para dar sentido à vida. Às ansiedades reprimidas. Alguma expectativa ainda retida!... De repente... O muito que se sonhou, Parece provar que por tempos... Se embriagou. Que o muito sonhar, Parece uma mistura de altivez, Com embriaguez!... De repente... Parece que se acorda... De súbito!... E o ser sonhador que se foi... Lhe parece estúpido! A realidade se escancara E de cara, Arranca-lhe das nuvens, Que se apalpava. De repente... Os olhos outrora vibrantes... Com o vislumbrar do por vir; Ainda se encontram brilhantes... Com o lacrimejar do que não foi... Do que não veio E nem a de vir!...